sexta-feira, 13 de maio de 2022

Imunidade Inata e Adaptativa: principais aspectos


O termo “imunidade” pode ser ouvido em diversas perspectivas, inclusive no cotidiano e significa proteção contra doenças, mais especificamente, doenças infecciosas. Para isso, existem células e moléculas que compõem o sistema imune e reagem contra agentes estranhos por meio da resposta imune. A função do sistema imune é defender o organismo contra agentes infecciosos. Entretanto, várias substâncias não infecciosas podem ativar esse sistema. Pensando nisso, a resposta imune ocorre em reação a qualquer microorganismo, substância e molécula identificadas como estranhas. 

 Imunidade Inata 

 A defesa inicial contra agentes estranhos ocorre por meio da imunidade inata, também chamada de imunidade natural ou nativa. A imunidade inata é iniciada rapidamente após a infecção e é mediada por mecanismos que já existem no organismo mesmo antes de uma infecção prévia, por isso o termo inata. Dessa forma, ela é considerada a primeira linha de defesa, seguida pela imunidade adaptativa que será discutida no próximo tópico. 

 A imunidade inata possui especificidade para estruturas encontradas em grupos de microorganismos e não consegue diferenciar detalhadamente cada microrganismo em si.

 Componentes da imunidade inata (Fig. 1): 

·       Barreiras físicas e químicas; 

·       Células: fagocíticas: neutrófilos e macrófagos; dendríticas (DCs); mastócitos; células natural killer e células linfóides inatas;

·       Proteínas sanguíneas: sistema complemento. 

 As células fagocíticas são os macrófagos e neutrófilos, recebem esse nome pois a principal forma de eliminação de microorganismos e tecidos lesionados, é pela fagocitose. O neutrófilo também faz parte de outro grupo de células, os granulócitos. Basófilos e eosinófilos também são desse grupo e possuem grânulos no seu citoplasma que são enzimas nocivas para os patógenos. 

 As células dendríticas têm papel importante na imunidade inata e adaptativa, reconhecendo agentes estranhos e apresentando-os para células T que iniciam então suas respostas. As células NK são responsáveis por eliminar uma célula infectada ou lesionada.  

O termo “imunidade” pode ser ouvido em diversas perspectivas, inclusive no cotidiano e significa proteção contra doenças, mais especificamente, doenças infecciosas. Para isso, existem células e moléculas que compõem o sistema imune e reagem contra agentes estranhos por meio da resposta imune. A função do sistema imune é defender o organismo contra agentes infecciosos. Entretanto, várias substâncias não infecciosas podem ativar esse sistema. Pensando nisso, a resposta imune ocorre em reação a qualquer microorganismo, substância e molécula identificadas como estranhas. 

 Imunidade Inata 

 A defesa inicial contra agentes estranhos ocorre por meio da imunidade inata, também chamada de imunidade natural ou nativa. A imunidade inata é iniciada rapidamente após a infecção e é mediada por mecanismos que já existem no organismo mesmo antes de uma infecção prévia, por isso o termo inata. Dessa forma, ela é considerada a primeira linha de defesa, seguida pela imunidade adaptativa que será discutida no próximo tópico. 

 A imunidade inata possui especificidade para estruturas encontradas em grupos de microorganismos e não consegue diferenciar detalhadamente cada microrganismo em si.

 Componentes da imunidade inata (Fig. 1): 

·       Barreiras físicas e químicas; 

·       Células: fagocíticas: neutrófilos e macrófagos; dendríticas (DCs); mastócitos; células natural killer e células linfóides inatas;

·       Proteínas sanguíneas: sistema complemento. 

 As células fagocíticas são os macrófagos e neutrófilos, recebem esse nome pois a principal forma de eliminação de microorganismos e tecidos lesionados, é pela fagocitose. O neutrófilo também faz parte de outro grupo de células, os granulócitos. Basófilos e eosinófilos também são desse grupo e possuem grânulos no seu citoplasma que são enzimas nocivas para os patógenos. 

 As células dendríticas têm papel importante na imunidade inata e adaptativa, reconhecendo agentes estranhos e apresentando-os para células T que iniciam então suas respostas. As células NK são responsáveis por eliminar uma célula infectada ou lesionada. 

  


Figura 1: Componentes da imunidade inata e adaptativa. ILCs - células Linfóides Inatas. NK - células Natural Killer. Imagem por: Ingrid Kauana da Silva Bessa

 

 Imunidade Adaptativa

 Como já foi mencionado, a imunidade adaptativa se desenvolve depois que a ação da imunidade inata já foi iniciada. Ela também é conhecida como imunidade adquirida ou específica, o termo adquirida é explicado porque a resposta é estimulada após o contato com o agente infecciosos, além de aumentar a defesa a cada exposição e o termo específica se refere a maior especificidade que ela tem quando comparada a imunidade inata, sendo capaz de identificar inúmeros antígenos, substâncias microbianas e não microbianas, e montar um tipo de resposta direcionada para os diferentes tipos de antígenos.

      Componentes da imunidade adaptativa (Fig. 1): 

  • Linfócitos: B e T 
  • Anticorpos

 Os linfócitos e seus produtos são os mediadores da resposta imune adaptativa, eles expressam receptores capazes de reconhecer inúmeros antígenos. Existem regiões chamadas de determinantes que são reconhecidas e diferenciadas pelos receptores dos linfócitos, para que essa resposta adaptativa seja variada, clones de linfócitos antígeno-específico se desenvolvem e quando ocorre a ligação com um antígeno, os linfócitos se proliferam. Cada clone possui um receptor antigênico diferente, ou seja, uma única especificidade antigênica (em outras palavras: cada clone de células vai reconhecer especificamente uma “coisa”), resultando em uma ampla diversidade para proteção contra patógenos (Fig. 2). 

 


                            Figura 2: Criação de clones de linfócitos antígeno-específico. Imagem por: Ingrid Kauana da Silva Bessa

 

Quando ocorre exposição a um antígeno estranho, células de memória são geradas. Com isso, caso haja uma nova exposição ao mesmo antígeno, a resposta ocorrerá mais rapidamente e de forma mais efetiva. É possível notar a capacidade que o sistema imune tem de reagir coordenadamente assim que encontra um corpo estranho. Dessa forma, é importante pensar que essa reação não pode ocorrer contra o próprio organismo, ou seja, as células imunes precisam reconhecer as outras células do indivíduo como algo próprio dele e não um agente externo que precisa ser eliminado. Esse mecanismo é mantido inativando linfócitos autorreativos ou suprimindo, por meio de células reguladoras, a ação de outras células. Uma falha nessa autotolerância, pode desencadear uma doença autoimune. 
Ao compreender que existem células imunes que regulam e suprimem a atividade de outras, é possível questionar se todos os linfócitos - componentes da imunidade adaptativa - têm a mesma função. E não! Eles não exercem a mesma função.

Existem classes de linfócitos que atuam de formas diferentes e fazem parte do que chamamos de imunidade mediada por células (Fig. 3). Os linfócitos T podem agir eliminando células infectadas (T citotóxicos/CD8); ativando células da imunidade inata por meio da liberação de citocinas, que são proteínas sinalizadoras (T auxiliar/CD4); ou até mesmo suprimindo a atividade de outras células T (T regulador), como foi dito anteriormente. 
Já os linfócitos B, quando ativados, se desenvolvem em plasmócitos, células capazes de produzir anticorpos, que reconhecem antígenos e atuam neutralizando os microorganismos e adicionando marcações a eles, o que atrai fagócitos e o sistema complemento para eliminá-los. Esse tipo de ação desenvolvida pelos anticorpos, é chamada de imunidade humoral. 

 

 

                            Figura 3: Classes de linfócitos e suas principais funções. Imagem por: Ingrid Kauana da Silva Bessa



Ação conjunta 

 A imunidade inata e adaptativa são partes de um conjunto e por isso se conectam para a manutenção da proteção do organismo. A resposta imune inata, ao agir rapidamente, gera sinais de alarme que ativam a resposta adaptativa, que por sua vez reforça a proteção conferida pela inata. 

 As células imunes são capazes de circular pelos tecidos, dessa forma a imunidade tem ação sistêmica, ou seja, uma resposta iniciada em determinado local do corpo é capaz de gerar proteção por todo o organismo. Essa característica é imprescindível e pode ser observada diretamente por meio da vacinação, na qual é aplicada no tecido subcutâneo ou muscular, por exemplo, e gera proteção em todos os tecidos. 

Com esses conceitos básicos, é possível compreender como o sistema imune consegue atuar em diversas situações. 

Referência: 
ABBAS, A.K; LICHTMAN, A.H; PILLAI, S. Imunologia celular e molecular. Elsevier, 9 ed. 2019. 

 

Texto por: Ingrid Kauana da Silva Bessa

 Revisão técnica: Diego Moura Tanajura 

 

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