Senhor
José, com 70 anos e diabético, deu entrada no PS do HU de Lagarto com um quadro
de dispneia, febre, tosse e dores pelo corpo. Além disso, foi observada uma
ferida no pé direito do paciente que não cicatrizava há mais de 6 meses.
O
resultado do hemograma mostrou presença de linfopenia, monocitopenia e
neutrofilia. Já os eritrócitos, basófilos e plaquetas estavam com seus níveis
normais. O plantonista explicou ao filho de José, que seu pai fora infectado
pelo SARS-CoV-2, um vírus causador de doenças respiratórias. Complementou que
idosos com doenças crônicas apresentam um risco maior de complicações por conta
dos mecanismos de agressão do vírus e, pela elevada ativação dos mecanismos de
defesa contra o patógeno.
No
terceiro dia de internação, o Sr. José contraiu uma infecção bacteriana, sendo
solicitado uma coloração de gram para determinar se a infecção era por
bactérias gram-positivas ou gram-negativas. A equipe de saúde também se
preocupou em detectar se a bactéria seria intracelular ou extracelular, pois os
mecanismos de agressão e defesa são diferentes.
O
resultado da coloração indicou infecção por bactéria gram-negativa, e poucas
horas depois, infelizmente o Sr. José faleceu por choque-séptico devido ao LPS
liberado, o qual induziu uma inflamação com intensa produção de mediadores
pelas células de defesa.
Perguntas
1) Por que pacientes diabéticos fazem parte do grupo de risco para o desenvolvimento da forma grave da covid-19?
8) O paciente faleceu em decorrência de choque séptico causado por produtos bacterianos. Explique a fisiopatologia do choque séptico, e se existe alguma relação entre o choque séptico e a tempestade de citocinas, bem como os superantígenos bacterianos.
a)
Qual
paciente vai ter pior desfecho?
b)
Qual
a explicação para esse pior desfecho?